Os sistemas Greenwake e Delicat, desenvolvidos numa parceria entre
várias empresas, têm duas funções essenciais, explica ao Boas Notícias o
CEO da Active Space Technologies, Ricardo Patrício: por um lado,
permitem "reduzir os tempos de descolagem dos aviões" e, por outro,
"diminuir a turbulência" sentida pelos passageiros e tripulação,
aumentando assim a segurança.
Sediada em Coimbra, a empresa ficou, de acordo com o engenheiro
português, responsável "por todo o desenvolvimento mecânico destes
sistemas" incluídos num projeto que tem a fabricante de aviões Airbus
como parceira. O projeto já está na fase final e os testes vão começar,
em breve, no aeroporto de Charleroi, na Bélgica.
Sistema pode ajudar a diminuir a sobrelotação aeroportuária
"Se estivermos a trabalhar na plataforma do aeroporto", explica Ricardo
Patrício, "podemos determinar se existem ou não vórtices, ou seja,
turbulência em cima da pista" - deixada após a descolagem de um avião -
e, dessa forma, "minimizar os tempos entre descolagens de aviões". Este
avanço pode ser importante no caso de "plataformas aeroportuárias muito
sobrelotadas", como é o caso do aeroporto da Portela.
Outra funcionalidade importante é a de instalação de tecnologias no
próprio avião, que permitem detetar "desde 100 metros até vários
quilómetros de distância", se "há turbulência ou não", adianta. Se a
turbulência for a longa distância, o avião consegue desviar-se, caso
esteja mais próxima, a sua deteção permite "atuar nas próprias
superfícies ativas das asas do avião", aumentando a segurança do voo,
acrescenta Ricardo Patrício.
A Active Space Technologies começou a trabalhar neste projeto em 2008,
com vários parceiros europeus, onde se incluía a Agência Espacial Alemã,
a universidade belga de Leuven e a Airbus enquanto utilizador do
equipamento.
Active Space Technologies à volta do Sol
Active Space Technologies à volta do Sol
O facto de "aliar duas ou três competências complementares", especializando-se quer na engenharia mecânica quer na
eletrónica, para o desenvolvimento de produtos completos, é parte do
segredo do sucesso da Active Space Technologies, defende Ricardo
Patrício.
Um sucesso que se mede facilmente através das receitas da empresa - das quais mais de 90% provêm de clientes europeus: a Active Space Technologies encerrou 2011 com 400 mil euros de lucro.
Entre os vários projetos que estão a ser desenvolvidos, o fundador da empresa destaca a participação numa missão da Agência Espacial Europeia, a "Solar Orbit", para a qual desenvolveram a tecnologia de "um satélite que vai orbitar o sol".
Um sucesso que se mede facilmente através das receitas da empresa - das quais mais de 90% provêm de clientes europeus: a Active Space Technologies encerrou 2011 com 400 mil euros de lucro.
Entre os vários projetos que estão a ser desenvolvidos, o fundador da empresa destaca a participação numa missão da Agência Espacial Europeia, a "Solar Orbit", para a qual desenvolveram a tecnologia de "um satélite que vai orbitar o sol".
Como gostam "de desafios tecnológicos diferentes do habitual", os
engenheiros da Active Space Technologies propuseram-se a impedir "que os
principais instrumentos óticos do satélite recebam uma carga térmica
tão grande que degrade a sua performance" e o "seu tempo de vida útil".
O protótipo para o satélite que vai fazer um estudo científico do Sol
e, logo, submeter-se a elevadas temperaturas, já foi validado e a
empresa portuguesa foi agora contratada para "fornecer 33 sistemas
idênticos", adianta Rui Patrício.in Boasnoticias - 19/03/2012
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