Os EUA querem multiplicar o número de alunos norte-americanos a estudar em Portugal. Com esse objetivo, a Universidade de Massachusetts prepara-se para lançar um programa de estudos usando o país como um "pólo" universitário que construa uma ponte para o mundo da lusofonia.
O programa Study Abroad "UMass Lisbon" foi apresentado publicamente esta terça-feira e vai envolver todas as faculdades desta grande universidade norte-americana, de acordo com informações avançadas por Michael Baum, presidente do departamento de Ciência Política daquela instituição de ensino, à agência Lusa.
"Gostávamos de aumentar drasticamente o número de alunos norte-americanos a escolher Portugal como destino para estudar no estrangeiro", confessa o responsável, que acrescenta que "quando se olha para o número dos que estudam em Espanha, por exemplo, a diferença é desproporcionalmente baixa para Portugal".
Baum assume que o mais difícil "é pôr Portugal no radar dos alunos norte-americanos a considerar estudar no estrangeiro, uma vez que a maioria considera, como é natural, outros países anglófonos, Itália ou Espanha. Ainda assim, Baum diz estar confiante em relação ao programa, acreditando que este "vai crescer com o passa-palavra" logo que seja atingida uma "massa crítica" de alunos a estudar na capital portuguesa.
A Universidade de Massachusetts terá como parceiro o ISCTE e a esperança é a de que "tornando Lisboa no nosso pólo, o mundo lusófono se torne mais acessível aos nossos alunos, criando assim elos mais fortes entre as economias dos Estados Unidos, União Europeia, Brasil, Angola, Moçambique e outras economias emergentes em rápido crescimento", adianta Michael Baum.
Lisboa é "incrivelmente encantadora"
O presidente fez ainda questão de salientar que "apesar de todos os horrores da crise da zona euro", Lisboa "continua a ser uma cidade incrivelmente encantadora, com infraestruturas de primeira", o que a torna uma escolha de qualidade para os jovens norte-americanos.
Com cinco "campus" e 66 mil alunos, a Universidade de Massachusetts serve um Estado onde vive um grande número de portugueses e luso-descendentes, bem como brasileiros e cabo-verdianos. Além dos próprios alunos da instituição, também alunos de outras universidades poderão participar no programa por períodos de um verão, um semestre ou um ano letivo.
O programa conta com o apoio da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), o maior patrocinador da iniciativa, e da TAP, que vai disponibilizar tarifas especiais Newark-Lisboa aos estudantes dos EUA. O primeiro grupo, de menos de 10 alunos, deverá chegar à cidade portuguesa no Outono.
in Boasnotícias - 04/04/2012
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