terça-feira, 30 de julho de 2013

Lídia Jorge eleita em França uma das «10 grandes vozes da literatura estrangeira»

A escritora Lídia Jorge foi eleita uma das «dez grandes vozes da literatura estrangeira» pela revista francesa Magazine Littéraire, ao lado de Zadie Smith, Mo Yan, Enrique Vila-Matas e Alice Munro, de acordo com a edição de agosto.

A próxima edição da publicação francesa coloca na capa uma seleção de dez escritores estrangeiros (não franceses) e entre eles surge a autora portuguesa, de quem é traçado um perfil biográfico e literário.
"Lídia Jorge invoca, de uma forma polifónica, os múltiplos estratos do século XX português, privilegiando o olhar das mulheres sobre uma sociedade patriarcal, antes de mais frio, depois atormentado", sustenta a publicação, num artigo assinado pela professora universitária Maria Graciete Besse.
A notícia chegou sem avisou e deixou Lídia Jorge surpreendida, satisfeita e ainda com mais vontade de escrever.
Afinal vale a pena, diz Lidia Jorge, que sente como alguns livros podem ser mais bem recebidos lá fora do que em Portugal.
Bem tratada pelos leitores, Lídia Jorge acreita que a distinção da revista francesa pode abrir portas a novos públicos.
A escritora já está a trabalhar no próximo romance, que deve sair no inicio de 2014. Será sobre um testemunho do tempo.
A "Luz e as Sombras" vai ser novo livro sobre a passagem do tempo, uma espécie de balanço das últimas décadas em Portugal.
Lídia Jorge, 67 anos, nascida em Boliqueime, estudou Filologia Românica, deu aulas em Angola e Moçambique e é autora de mais de dezena de romances, entre os quais "O dia dos prodígios" e "O vento assobiando nas gruas", contos, teatro e ensaio.

in TSF - 30.07.2013

domingo, 28 de julho de 2013

Revista britânica distingue Horta Osório como melhor banqueiro do mundo

O prémio anual de melhor banqueiro do mundo da revista financeira britânica Euromoney foi atribuído ao português António Horta Osório, presidente executivo (CEO) do grupo Lloyds em Londres, Inglaterra, foi anunciado na quinta-feira à noite.

De acordo com um comunicado divulgado pela revista na sua página da Internet, Horta Osório foi distinguido “pelos seus esforços, nos últimos dois anos, em fazer com que o banco britânico regressasse aos lucros”.

“Decisões difíceis tomadas em tempos complicados ajudaram a revitalizar as fortunas do grupo banqueiro Lloyds. Agora Horta Osório pode concentrar-se em tentar fazer do maior banco do Reino Unido o melhor”, refere a publicação.

A Euromoney distingue os melhores na área financeira desde 1992. Os prémios distinguem instituições e pessoas que “demonstram liderança, inovação e dinamismo nos mercados em que operam”.

António Horta Osório mostrou-se “honrado” com o prémio.

“[Esta distinção] é testemunho do trabalho árduo das várias equipas para apoiarem a nossa estratégia de transformar o grupo [Lloyds] num banco simples, focado no cliente, de baixo risco retalhista e comercial, que traz benefícios reais aos clientes, colaboradores e accionistas”, afirmou, citado pela Euromoney, ao receber o prémio.

Horta Osório entrou em funções no grupo Lloyds a 01 de Março de 2011. Oito meses depois, o banqueiro meteu baixa durante dois meses, entre 02 de Novembro de 2011 e 09 de Dezembro de 2012.

Na altura, o banqueiro atribuiu os problemas de saúde às dificuldades que sentia desde Setembro em dormir, na sequência dos quais foi internado em Novembro numa clínica especializada.

O banqueiro, de 49 anos, passou pelo Citibank, o Goldman Sachs, o Santander e o Banco de Inglaterra, onde se mantém como administrador não-executivo.

O Lloyds Banking Group, a segunda maior instituição financeira do Reino Unido foi parcialmente nacionalizado em 2008, recebendo do Estado 23,2 mil milhões de euros, e apresentou um lucro de 1.525 milhões de libras (1.769 milhões de euros) no primeiro trimestre deste ano, devido, em parte, ao controlo de custos.

O Lloyds acumulou resultados negativos de 3,9 mil milhões de libras (4,5 mil milhões de euros) nos primeiros nove meses de 2011, em grande parte devido às provisões feitas para indemnizar clientes a quem foram vendidos seguros indevidamente.

Nos três primeiros meses de 2012, o banco liderado por Horta Osório teve um prejuízo de 5 milhões de libras (5,8 milhões de euros).

O resultado bruto obtido nos três primeiros meses de 2013 atingiu os 2.040 milhões de libras (2.366 milhões de euros), contra os 280 milhões de libras (324 milhões de euros) alcançados no primeiro trimestre do ano passado.

As receitas totais atingiram 17.609 milhões de libras (28.174 milhões de euros) nos três primeiros meses deste ano, mais 66% face ao mesmo período de 2012.

De acordo com o banco, o lucro alcançado no período em apreço foi possível graças "à subida dos recursos e à contínua melhoria dos custos".

in Público 12.07.2013

Portugueses desvendam causa da imortalidade em tumores

Uma equipa de cientistas portugueses afirma que a imortalidade das células tumorais está diretamente relacionada com "uma região inexplorada do genoma". A conclusão é de um estudo desenvolvido por investigadores do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto.

A explicação vem, assim, dar resposta a uma questão que era há muito colocada pelos especialistas relativamente à capacidade de as células tumorais de dividirem, de forma ilimitada.
Segundo a investigação portuguesa, "a base genética da imortalidade" deste tipo de células "está numa região inexplorada do genoma (sequência do ADN que congrega toda a informação genética de um organismo). 

Os resultados lançam, assim, o "alerta para a possibilidade de nos estarem a escapar mutações causadoras de doença em regiões ainda inexploradas do genoma", refere a líder da equipa de investigação, Paula Soares, em declarações à agência Lusa.

Segundo a especialista, há uma região do gene Telomerase, nunca antes explorada, onde uma 'enzima chave' no processo de divisão das células tumorais apresenta mutações comuns a diferentes tipos de cancro.

"As alterações no gene da Telomerase são frequentes e estão associadas ao aumento dos níveis desta enzima nos tumores", sublinha. 

A descoberta ganha particular importância no que diz respeito aos "mecanismos que as células tumorais adquirem para não envelhecer, tornando-se imortais", sobretudo porque estes diferem de acordo com os vários tipos de cancro.

Clique AQUI para aceder ao estudo, publicado na prestigiada revista "Nature Communications".

in Boas Notícias - 26.07.2013

sábado, 27 de julho de 2013

Cinco medalhas para Portugal nas Olimpíadas de Matemática

É a melhor participação de sempre. Na 54ª edição das Olimpíadas Internacionais de Matemática, na Colômbia, Portugal conseguiu 111 pontos que equivalem ao 36º lugar, num total de 97 países.


Em declarações à TSF, Luís Merca Fernandes, coordenador das Olimpíadas portuguesas de Matemática, sublinha que o resultado «é o reconhecimento internacional do valor dos nossos alunos».
Uma medalha de ouro, quatro de bronze e uma menção honrosa são os resultados que colocaram Portugal em 36º lugar na classificação por países, num total de 97.
Portugal conseguiu também a melhor pontuação de sempre ao obter 111 pontos, batendo o recorde dos 99 pontos obtidos em 2009.
Miguel Moreira, aluno do 11.º ano na Escola Secundária Rainha D. Amélia, em Lisboa, conquistou uma medalha de ouro.
Quatro elementos da equipa portuguesa - Miguel Santos (Secundária de Alcanena, 12.º ano), Francisco Andrade (Secundária do Padrão da Légua, 10.º ano), Luís Duarte (Secundária de Alcains, 12.º ano) e David Martins (Secundária de Mirandela, 11.º ano) - conquistaram medalhas de bronze.
Nuno Santos foi distinguido com uma menção honrosa, na competição que envolveu 528 participantes.

in TSF - 27/07/2013