Uma equipa de investigadores portugueses tomou a dianteira das pesquisas e acredita que pode chegar a um remédio. Os ratinhos já submetidos à vacina ficaram com um estômago mais saudável.
Os testes em ratinhos realizados nos últimos seis anos anos deram bons resultados. Por isso, os investigadores da faculdade de Engenharia da Universidade Católica e da faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa não podiam estar mais satisfeitos no fim de um ciclo de pesquisa em laboratório.
Em declarações à TSF, a professora Cecília Calado diz que os ratos submetidos à vacina ficaram com um estômago mais saudável.
«Mostra uma progressão de anticorpos específicos que neutraliza uma grande diversidade de bactérias. O problema desta bactéria e a causa de não existir uma vacina comercial é que há uma grande variabilidade de estirpes a nível mundial. Portanto, nós propomos uma vacina universal que vacine uma pessoa na Europa, mas que funcione também contra as estirpes americanas, africanas ou asiáticas», revelou.
A helicobactéria PYLORI que se aloja no estômago pode assim ser combatida por esta pílula.
«Prevenir e tratar. O objetivo é que a resposta imunitária desencadeada pelo processo de vacinação leve à produção de uma resposta adequada que elimine a bactéria», referiu.
Agora é preciso seguir até aos testes em pessoas para provar aquilo que até agora foi validado.
«O que nós queremos provar é que a imunização neutraliza na prática uma grande diversidade de estirpes. Portanto não há propriamente possibilidade de validar por completo a vacina em modelo animal. Neste momento estamos à procura de investimento para finalizar a otimização da construção em si, completar alguns estudos em animal em ambiente bastante definido para ser contemplado como teste pré-clínico para depois prosseguir para testes clínicos na prática», adiantou.
A bactéria alvo desta investigação é uma das grandes origens do cancro do estômago e outro tipo de doenças gástricas.
in TSF - 24/07/2012
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