A próxima edição da publicação francesa coloca na capa uma seleção de dez escritores estrangeiros (não franceses) e entre eles surge a autora portuguesa, de quem é traçado um perfil biográfico e literário.
"Lídia Jorge invoca, de uma forma polifónica, os múltiplos estratos do século XX português, privilegiando o olhar das mulheres sobre uma sociedade patriarcal, antes de mais frio, depois atormentado", sustenta a publicação, num artigo assinado pela professora universitária Maria Graciete Besse.
A notícia chegou sem avisou e deixou Lídia Jorge surpreendida, satisfeita e ainda com mais vontade de escrever.
Afinal vale a pena, diz Lidia Jorge, que sente como alguns livros podem ser mais bem recebidos lá fora do que em Portugal.
Bem tratada pelos leitores, Lídia Jorge acreita que a distinção da revista francesa pode abrir portas a novos públicos.
A escritora já está a trabalhar no próximo romance, que deve sair no inicio de 2014. Será sobre um testemunho do tempo.
A "Luz e as Sombras" vai ser novo livro sobre a passagem do tempo, uma espécie de balanço das últimas décadas em Portugal.
Lídia Jorge, 67 anos, nascida em Boliqueime, estudou Filologia Românica, deu aulas em Angola e Moçambique e é autora de mais de dezena de romances, entre os quais "O dia dos prodígios" e "O vento assobiando nas gruas", contos, teatro e ensaio.
in TSF - 30.07.2013
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